Se trabalhas em marketing, já ouviste esta frase: “Isto é muito ChatGPT.”
Se um conteúdo tem um “cheiro” a inteligência artificial, é automaticamente descartado – mesmo que seja tecnicamente bom. O curioso? Muitas vezes, nem é pelo texto em si, mas porque vem acompanhado por uma imagem gerada por IA ou tem aquela formatação demasiado perfeita.
Resultado? Rejeição imediata.
O problema não é a IA, é a forma como a usamos
E isso levanta algumas questões importante:
- Estamos a trocar o pensamento crítico pela facilidade da automação?
- Existe uma barreira psicológica que faz com que as pessoas rejeitem conteúdo gerado por IA, independentemente da qualidade?
Os fundamentos continuam a ser Rei
A inteligência artificial não substitui os pilares do copywriting, da publicidade e da comunicação eficaz.
Nomes como David Ogilvy e George Lois não precisaram de algoritmos para criar campanhas icónicas – precisaram de criatividade, estratégia e uma compreensão profunda do público.
O problema não é usarmos IA. O problema é quando a tratamos como um atalho em vez de uma ferramenta.
IA Sim, mas com cabeça
A chave está no sentido crítico.
Uma IA pode ajudar na escrita, na análise de dados ou na automação de tarefas, mas não pode substituir a intuição humana, o contexto cultural e a emoção genuína.
Se a tua comunicação não tem um “porquê”, como defende Simon Sinek, então não passa de ruído.
O erro mais comum?
Usar o ChatGPT como um hack, despejar um copy gerado em segundos e achar que o trabalho está feito.
Isso pode funcionar uma vez, mas não constrói marcas fortes nem relações autênticas.
O caminho certo
O segredo é simples:
- Usar IA como apoio, mas não abdicar do pensamento crítico.
- Continuar a escrever, testar e ajustar.
- Manter a criatividade no centro da estratégia.
- Lembrar: as melhores campanhas de sempre não nasceram de um algoritmo – nasceram de boas ideias.